quinta-feira, 22 de outubro de 2009

[audio http://www.4shared.com/file/142714521/3cb6b520/Colcha_De_Retalhos_-_Marku_Ribas.html]

quinta-feira, 6 de novembro de 2008


Fusão Itaú e Unibanco



sexta-feira, 3 de agosto de 2007




O apagão aéreo é culpa do Lula, sim!


Depois de muita reflexão, leitura atenta dos jornalões e revistonas nacionais, audição dos mais renomados “formadores de opinião” da grande mídia, cheguei, por uma via diferente, à mesma conclusão que eles: A crise aérea é culpa do Lula. Explico: A aviação nacional sempre foi, como o é até hoje nos países nórdicos, por motivos óbvios, questão de segurança nacional, cujo desenvolvimento deve ser incentivado e subsidiado pelo Estado. O sistema de autonomia implantado pelas regras de livre mercado deram fim a esse “assistencialismo” e o Brasil foi um dos primeiros – e permanece um dos únicos – a ter acabado com o subsídio à querosene de aviação, só pra citar um exemplo. Mais um exemplo de que quem faz as regras (liberais), sabe que elas não prestam, pois nos países desenvolvidos, o mercado da aviação ainda é absolutamente controlado e subsidiado pelo Estado. A livre concorrência (pelo menos aqui) precisava imperar: O lucro acima de tudo, buscado com base na máxima mercadológica “menos custos, mais lucros” levou à quebra da cinqüentenária Varig – única empresa de aviação no mundo que era controlada por uma fundação autônoma, que privilegiava o bem estar dos colaboradores e passageiros, em contrapartida à busca unicamente dos lucros. O Governo Lula, não moveu uma palha para barrar o deus mercado no sistema de aviação nacional; não moveu uma palha para bancar a Varig, que foi soterrada pelo “mercado” e vendida para esse mesmo mercado por um real; Não moveu uma palha para que a Infraero privilegiasse a segurança da aviação em detrimento à construção em série de “shopings centers” disfarçados de terminais de passageiros pelo Brasil afora; não moveu uma palha par interferir no “mínimo custo” das companhias aéreas remanescentes, o que em aviação significa, além de máximo lucro, mínima segurança. A ANAC, loteada entre os companheiros da corrente interna petista (questão de confiança), cumpriu seu papel de deixar o deus mercado agir, “agenciando” a incompetência do mercado em proteger o cidadão. Enfim, o modelo de livre concorrência, tão anestesiadamente defendido pela grande mídia liberal, é o verdadeiro responsável pelo caos aéreo. E o Lula? Nada fez para reverter essa situação. Concordo com que acusa de assassinato os acidentes aéreos que ceifaram vidas de centenas de inocentes. Porém, assassinato tem que ter um autor, e é mais fácil culpar o governo do que o invisível mercado, pois o primeiro tem um representante pessoal, e o segundo nunca será identificado pelos seus crimes contra a humanidade. Enfim, por desídia, por ter deixado de fazer o que o Estado, principalmente um Estado chefiado por um representante da classe trabalhadora, deveria ter feito em prol da segurança da aviação nacional e contra o nefasto livre mercado, a culpa, definitivamente, pode ser creditada ao Lula sim. O que é uma pena.



domingo, 22 de julho de 2007

Lula vaiado
Pela elite burguesa, é claro.

Na linha "reproduções". Essa eu realmente não poderia escrever, pois o mestre é insuperável.

Cumplicidade
Uma comprida palavra em alemão (há uma comprida palavra em alemão para tudo) descreve a "guerra de mentira" que começou com os primeiros avanços da Alemanha nazista sobre seus vizinhos. A pouca resistência aos ataques e o entendimento com Hitler buscado pela diplomacia européia mesmo quando os tanques já rolavam se explicam pelo temor comum ao comunismo. A ameaça maior vinha do Leste, dos bolcheviques, e da subversão interna. Só o fascismo em marcha poderia enfrentá-la. Assim muita gente boa escolheu Hitler como o mal menor. Ou, comparado a Stalin, o mau menor. Era notório o entusiasmo pelo nazismo em setores da aristocracia inglesa, por exemplo, e dizem até que o rei Edward VIII foi obrigado a renunciar não só pelo seu amor a uma plebéia mas pela sua simpatia à suástica. Não tardou para Hitler desiludir seus apologistas e a guerra falsa se transformar em guerra mesmo, todos contra o fascismo. Mas por algum tempo os nazistas tiveram seu coro de admiradores bem-intencionados na Europa e no resto do mundo - inclusive no Brasil do Estado Novo. Mais tarde estes veriam, em retrospecto, do que exatamente tinham sido cúmplices sem saber. Na hora, aderir ao coro parecia a coisa certa. Comunistas aqui e no resto do mundo tiveram experiência parecida: apegarem-se, sem fazer perguntas, ao seu ideal, que em muitos casos nascera da oposição ao fascismo, mesmo já sabendo que o ideal estava sendo desvirtuado pela experiência soviética, foi uma opção pela cumplicidade. Fosse por sentimentalismo, ingenuidade ou convicção, quem continuou fiel à ortodoxia comunista foi cúmplice dos crimes do stalinismo. A coisa certa teria sido pular fora do coro, inclusive para preservar o ideal. Se esses dois exemplos ensinam alguma coisa é isto: antes de participar de um coro, veja quem estará do seu lado. No Brasil do Lula é grande a tentação de entrar no coro que vaia o presidente. Ao seu lado no coro poderá estar alguém que pensa como você, que também acha que Lula ainda não fez o que precisa fazer e que há muita mutreta a ser explicada e muita coisa a ser vaiada. Mas olhe os outros. Veja onde você está metido, com quem está fazendo coro, de quem está sendo cúmplice. A companhia do que há de mais preconceituoso e reacionário no país inibe qualquer crítica ao Lula, mesmo as que ele merece. Enfim: antes de entrar num coro, olhe em volta.

Agora minha visão: Noso Presidente merece repreensão em diversas áreas específicas da política, da economia, etc. Mas eu entendo que pagar no mínimo R$ 120,00 para ter a oportunidade de vaiar o Lula, de forma ensaiada e articulada, não é realmente pra qualquer do povão.

sábado, 30 de junho de 2007


Presidente LULA:
Mais respeito com o Serviço Público

Mesmo após a posse de seu segundo mandato na Presidência da República, o Governo Lula ainda não assumiu a responsabilidade concreta por avançar no diálogo sério com os servidores públicos da União, Estados e Municípios.
A regulamentação do direito de greve, a garantia de um Sistema Democrático de Relações do Trabalho e, a garantia de uma política sólida que garanta o direito a uma data base e um Contrato Coletivo de Trabalho articulado nacionalmente, inexistem na pauta de um governo que, a rigor, deveria respeitar mais os servidores públicos das três esferas de contratação pública.
Além disso, falta ao governo federal o reconhecimento e a ratificação da Convenção de nº 151 e a Resolução 159 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que protege as liberdades sindicais e o direito a livre organização sindical dos servidores públicos.
Parece que o governo federal, repetindo as práticas coronelistas e patriarcalistas do Estado oligárquico e tradicional brasileiro, não quer tratar os trabalhadores do setor público como trabalhadores e cidadãos brasileiros, mas sim, perpetuar a idéia e a concepção de servidão na esfera pública, herança pitoresca e tragicômica do período colonial nacional.
Como se já não bastasse a pretensa Reforma da Previdência que só serviu para retirar direitos dos trabalhadores do setor público, impingindo-lhes a pecha de privilegiados, agora, quer negar-lhes o livre direito de greve ao mesmo tempo, que quer engessar a liberdade federalista de negociação salarial, através da PLP 01/2007 que visa, entre outras aberrações, permitir um acréscimo de somente 1,5% para a despesa de pessoal, além da variação acumulada da inflação. E a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Pacto Federativo? Às vezes serve e às vezes não serve?
Os servidores públicos das três esferas merecem muito mais respeito, tanto por parte do governo federal, como por parte do Congresso Nacional, pois são eles, quem realmente trabalham e constroem o serviço público no Brasil. O Programa de Aceleração do Crescimento, defendido pelo governo Lula, precisa garantir não só a manutenção dos direitos trabalhistas e constitucionais dos trabalhadores no setor público, como também, garantir o avanço das conquistas desse segmento. Não fazer isso significará um verdadeiro tiro no pé. Afinal, os governos passam, mas os trabalhadores públicos, concursados e estatutários ficam. Seria de bom tom não esquecer disso.
O segundo mandato do governo Lula pode resolver essa equação e compete a CUT lutar, intransigentemente, para que isso ocorra. Esse é o compromisso histórico de uma Central que nasceu das lutas e da autonomia e independência dos trabalhadores perante os governos, partidos e patrões. Valorizar e respeitar os servidores públicos, é investir no serviço público de qualidade.

Texto de Elisabeth Carlos da Motta, secretária de Política Sindical da CUT/SP. Mas eu escreveria cada linha.

Sergio Amorim

sábado, 9 de junho de 2007



NA SEMANA DO MEIO AMBIENTE, UMA ABORDAGEM SOCIALISTA.

É preciso termos claro que, no que tange à questão ambiental, não podemos nos ater somente à reciclagem, à economia caseira de água e ao uso de energias limpas, como nos informam os almanaques diários e os telejornais editados pela pedante burguesia. Nosso problema vai além dos nossos costumes. Tem relação direta com a forma como nossa sociedade se organiza com relação aos meios de produção e ao lucro. Resgatemos um trecho de O Capital, onde Marx destaca o caráter destrutivo da agricultura em uma sociedade regida pela lei do valor e do lucro:

"Assim, ela destrói não só a saúde física do operário urbano, mas também a vida espiritual do trabalhador rural. Cada passo dado em direção da agricultura capitalista, cada semente de fertilidade a curto prazo, constitui, ao mesmo tempo, um agravamento na ruína das fontes duradouras de tal fertilidade. Quanto mais um país – por exemplo, os Estados Unidos da América do Norte – desenvolve-se na base da grande indústria, tanto mais rapidamente realiza-se esse processo de destruição. Portanto, a produção capitalista só desenvolve a técnica e a combinação do processo de produção social ao mesmo tempo que esgota as duas fontes de onde brota a riqueza: a terra e o trabalhador"

Como disse o professor carioca Gilson Caroni Filho, em artigo desta semana, "Não deixar isso claro aos jovens é um pouco mais que tergiversar: é um crime."

Sergio Amorim

terça-feira, 22 de maio de 2007

GARFIELD
Mais uma genial tira de Jim Davis.



sexta-feira, 18 de maio de 2007

SERVIDOR OU SERVIÇAL?



13 de maio de 1979: Lula e seus colegas metalúrgicos curtindo suas merecidas "férias".


Há alguns anos, lembro-me como se hoje fosse, um globalizado chefe de governo, cuja infinidade de diplomas jamais encontrou parede que os acomodassem confortavelmente, pariu uma das mais célebres pérolas da política nacional ao chamar os aposentados da nação de vagabundos. Enoja-me, até hoje, pronunciar sua ignóbil graça, portanto, providencialmente, silencio-me.

Pois não é que o nosso simpático atual imperador de segundo reinado – ex-esquerdista, ex-comunista, ex-socialista, ex-grevista, mas que jamais abriu mão de seu inestimável título de torneiro mecânico – vomitou pérola de maior brilho ao afirmar que greve com mais de trinta dias de duração é férias!

O maior incitador de paralisações que o país já conheceu, o grande articulador de movimentos reivindicatório justos e necessários para o bem-estar do trabalhador e para a saúde da democracia, o operário que reinventou o movimento grevista, estranhamente, quer novamente reinventá-lo, impondo-lhe, com ironias maledicentes, ares de vadiagem!

E a nós, os mais revoltados com o cenário kafkiano que se nos apresenta, resta-nos o amargo arrependimento de termos dados inúmeros votos – de confiança e nas urnas – a um molusco sem dedo e sem caráter!

A bem da verdade, há que se fazer justiça com o supra-citado protagonista do imbróglio todo: em que pese suas incoerentes idiossincrasias, jamais poderá sua excelência mandar que esqueçamos o que escreveu, dada a sua limitada e quase inexistente capacidade gramático-ortográfica.

Tolhem-nos, despoticamente, um direito constitucional, pois, sob o pretexto de regulamentá-lo, em verdade, negam-nos a possibilidade de exercê-lo, via maquiavelismos legais. Em se aprovando tais absurdos, rebaixar-se-á o servidor à indigna e submissa condição de serviçal.

Regina Duarte e Beatriz Segal, por favor, acudam-me, pois hoje sou eu quem está com medo. Ou melhor, apavorado!

quarta-feira, 16 de maio de 2007


Sem Comentários !
Mas quem conseguir, fique à vontade.
Análise em:

sábado, 12 de maio de 2007




À luta, companheiros!

Falar mal do governo, criticar o parlamento, abominar os políticos e colocá-los no mesmo saco da escória humana. É o que fazem os jornalões, a TV aberta, e as revistonas. O objetivo é simples: Nós falamos mal deles e o povo sente-se representado. Assim, com tudo certo (eles fazendo suas cafajestagens e nossa imprensa apontando seus erros denunciando tudo) Estamos em equilíbrio. E vamos tocar a vida, pois "a fila tá andando e quem parar é atropelado", diz sempre o apresentador, ao final da metralha de "nenhum governo é bom". Eu penso que essa censura velada, esse controle social por micro-ondas, nos leva cada vez mais à letargia. Sem reação, vamos reclamando e comendo o sopão, enquanto ainda tem.
Chega de lenga-lenga, de falar mal dos políticos e vamos exigir, na rua e no grito, impondo nossa pauta e mostrando nosso descontentamento. Chega de balançar a cabeça ao final do Jornal Nacional e esquecer tudo com a noveleca.

Um exemplo:

Neste dia 23 de maio o movimento sindical cutista novamente estará nas ruas. Será mais um momento de pressão pela manutenção do veto do Presidente Lula à emenda 3 e por mudanças na política econômica que caminhem no sentido do desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho.
O dia 23 de maio deve ser um dia de manifestações com ações unitárias estaduais e regionais, envolvendo o conjunto dos movimentos sociais, da Coordenação dos Movimentos Sociais – CMS, e as demais Centrais Sindicais. É um dia de continuidade das nossas mobilizações, como os dias 10 e 23 de abril e o 1º de maio, um momento de debater com a sociedade a necessidade de uma ação conjunta contra a emenda 3 e a retirada de direitos trabalhistas, somando-se à luta por mudanças na política econômica que viabilizem a inclusão, o crescimento econômico que construa uma sociedade mais justa.
As Estaduais da CUT, nossas Confederações e Federações, o conjunto das Entidades filiadas, devem construir a mobilização junto às categorias, debatendo com os(as) trabalhadores(as) nos locais de trabalho as ações como paralisações, assembléias, caminhadas e participação nos Atos Públicos.
Para ampliar a mobilização, buscar o diálogo e o envolvimento da sociedade, as Estaduais e as Entidades Cutistas devem organizar plenárias unitárias com a nossa militância e com as entidades dos movimentos populares, para construir as manifestações de rua, as panfletagens, as caminhadas e os Atos Públicos. O panfleto da CUT já está disponível em nossa página (www.cut.org.br).
Além do conjunto das reivindicações e lutas da militância cutista, como também dos movimentos populares, teremos os seguintes eixos para este dia 23 de maio:

· Manutenção do veto do Presidente Lula, contra a emenda 3;
· Mudanças na política econômica;
· Pela retirada do PLP 01/2007;
· Por uma Previdência Pública para todos e que amplie direitos;
· Por Reforma Agrária e Incentivos à Agricultura Familiar;
· Pela valorização da Educação.

Estas bandeiras mantém, em primeiro lugar, a nossa luta contra a emenda 3 e pela manutenção do veto presidencial. A necessidade da mudança na política econômica é um eixo que unifica todos nós, seja nos movimentos sociais ou na CUT. Neste ponto, basicamente levantamos a bandeira da redução dos juros e do elevado superávit primário.
Vamos divulgar e fazer o debate na sociedade para desmistificar a idéia de que investimento no setor público seja considerado gasto. Esse limitador de 1,5% mais a inflação para o crescimento da folha de pagamento – o PLP 01 - é inclusive um tiro no pé do PAC, pois cria restrições ao crescimento e inviabiliza o Estado, freando concursos e novas contratações.
No debate da Previdência, a CUT reafirma a defesa de uma Previdência Pública e pela ampliação de direitos, tema que faz um enfrentamento claro com setores da mídia e com o capital, que têm pautado esse debate, vendendo a idéia de que a Previdência no Brasil é uma benesse. Reafirmamos que a Previdência Social tem de ser pública e deve ampliar direitos, melhorando o seu financiamento, que deve ser feito com a cobrança sobre o faturamento das empresas e não sobre a folha de pagamento, como é hoje. Esta é uma mudança concreta, que precisa ser feita para fortalecer o caixa da Previdência, estimular a produção e melhorar a empregabilidade. Além disso, as mudanças na política econômica garantem maior produção e mais empregos formais, o que aumenta a receita da Previdência. Outra questão que defendemos é uma política de cobrança dos devedores, para garantir que os cerca de R$ 200 bilhões devidos por grandes empresas sirvam para incrementar o setor.
Temos o debate da reforma agrária e da política agrícola, que são alicerces do desenvolvimento no campo e, principalmente, para o fortalecimento da pequena agricultura, como a valorização da educação, a universalização de um serviço de qualidade e a melhor remuneração dos(as) trabalhadores(as), a ampliação do Orçamento público.

E aí, alguém disposto à arregaçar as mangas, ou vamos continuar só "blogando" e reclamando?

quinta-feira, 10 de maio de 2007

DEDÃO NA GARGANTA É COISA DO PASSADO!




O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), não descartou a possibilidade de tucanos e petistas andarem juntos nas eleições presidenciais de 2010. "O futuro a Deus pertence. Eu não fecho as portas para isto", disse. Ele afirmou que o importante é “construir um projeto para o Brasil” e quanto ao antagonismo entre PT e PSDB, declarou que “na política nada é irreversível.”


quarta-feira, 2 de maio de 2007




No ensejo da genial charge do Kaiser – porém, sem um centésimo do talento deste –, proponho a seguinte indagação ao nosso Excelentíssimo Presidente da República, sob o título de Dilema Ideológico:

- E se lhe oferecessem um bom motivo por fora, você toparia ser de esquerda?

“O poder é como o violino, pega-se com a esquerda e toca-se com direita.” (ditado argentino de autoria desconhecida)

Mais do que nunca, a velha máxima portenha se mostra válida e irrefutável. E o som produzido pelo nobre instrumento é de uma desafinação ensurdecedora – ao menos para os ouvidos deste velho comunista que lhes fala.
CADA POVO TEM O REBELDE QUE MERECE...



No Brasil...

...num momento de pura magia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu neste sábado, dia 28, no Palácio da Alvorada, o grupo mexicano RBD, sucesso no Brasil com a novela Rebelde, transmitida pelo SBT. Os adolescentes da banda participaram de um churrasco com o presidente e uma partida de futebol entre Brasil e México. No tempo regulamentar, a partida terminou empatada em 2 a 2. Lula converteu sua cobrança mas os mexicanos venceram por 7 a 6.
Enquanto isso, na vizinha Venezuela,

... um ato do Dia do Trabalhador, reunindo “algumas pessoas”, foi marcado pelo anúncio de algumas medidas do presidente Hugo Chávez:
- Retirada da Venezuela do Banco Mundial (BM);
- retirada da Venezuela do Fundo Monetário Internacional (FMI);
- retirada de seu país da OEA se esta condenar a decisão soberana de seu governo, de não renovar a licença de transmissão da emissora privada "Radio Caracas Televisión" ("RCTV”, a Globo deles), que vence em 26 de maio.
- diminuição da jornada de trabalho para 36 horas semanais;
- tomada do controle dos convênios petrolíferos da Faixa do Orinoco ( uma das maiores do mundo)que ainda estavam nas mãos de empresas estrangeiras.

domingo, 22 de abril de 2007


E por falar em avanços...


CORREIO DO POVO, PORTO ALEGRE, DOMINGO, 22 DE ABRIL DE 2007

Laptop escolar muda a sala de aula

Estudantes gaúchos que participam do projeto piloto do MEC revelam maior interesse pelos estudos. por Léa Fagundes.

A implantação do projeto piloto Um Computador por Aluno (UCA), que prevê um laptop XO para cada estudante da rede pública, desenvolvido pela ONG OLPC, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT/EUA), em parceria com a Assessoria da Presidência da República e com a Universidade Federal do RS (Ufrgs), foi avaliada na última semana por representantes do Ministério da Educação (MEC) e por professores de outros estados. Em Porto Alegre, o pequeno aparelho verde transformou-se no tesouro dos alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Luciana de Abreu, no bairro Santana. Eles realizam, desde dezembro de 2006, a primeira experiência pedagógica mundial do projeto.
A partir de maio, quando chegam outros 300 laptops, os 350 alunos contemplados com a iniciativa terão seu computador individual. A inserção do laptop XO tornou o ambiente de sala de aula mais propício para as atividades cooperativas, ampliando as ferramentas para a realização das pesquisas e estudos em conjunto.
A coordenadora do projeto, Léa Fagundes, do Laboratório de Estudos Cognitivos (LEC) do Instituto de Psicologia da Ufrgs, responsável pela implementação e pelo acompanhamento do projeto federal, revela que, nesta primeira fase, os laptops são usados individualmente por alunos de quatro séries. Ela explica que a escolha do Luciana de Abreu ocorreu devido à quantidade de alunos, que facilitará e atenderá aos requisitos do programa.
Léa, que é consultora do MEC desde 1985 e que participa, nos Estados Unidos, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), comemora os resultados já visíveis nas quatro turmas cujos alunos têm seu laptop individual. 'A mudança no Ensino supera todas as expectativas', observa. Segundo os professores, os estudantes passaram a ter interesse pelos mais diferentes assuntos, fazem pesquisas, trabalham em textos e também desenham. Eles destacaram, ainda, que a chegada dos laptops contribuiu, inclusive, para a mudança de comportamento dos alunos. 'Não há mais necessidade de chamar a atenção para as conversas paralelas. Trata-se de uma nova realidade. A criança não quer nem parar para o recreio e, ao final da aula, muitos pais precisam entrar na sala para que eles saiam', salientaram.
Na sexta-feira, a comitiva reuniu-se para discutir questões metodológicas do projeto piloto. Os laptops do UCA têm recursos e ferramentas para criação de músicas, vídeo, foto e Internet sem fio, ao custo de 170 dólares cada um.

quarta-feira, 11 de abril de 2007


- Olha aqui o que eu vou fazer com o estado de vocês, ó!!
Ratifico e, sem a permissão do camarada Max, retifico:

Em 100 dias, o Rio Grande RETROCEDEU mais de 3 meses!

E o RS segue na sua via "Crusius", rumo à crucificação - em nome da redenção econômica! Amém.
100 DIAS DE GOVERNO YODA


Como tornou-se comum ultimamente a análise dos cem primeiros dias de qualquer coisa, aí vai a do Governo Yeda :


Em 100 dias, o Rio Grande perdeu mais de 3 meses!


Um governo tipicamente tucano: forte arrocho salarial, descaso com as demandas sociais, enfraquecimento do Estado e uma pitada (ou patada?) de prepotência.


Parabéns Dona Yeda, Prof. Crusius (o marido da primeira dama) e equipe!

terça-feira, 10 de abril de 2007

LULA: ONTEM E HOJE.
(Confesso que tenho medo do amanhã...)


Não se justifica num país, por maior que seja, ter alguém com dois milhões de hectares de terra! Isso não tem justificativa em lugar nenhum do mundo! Só no Brasil. Porque temos um presidente covarde, que fica na dependência de contemplar uma bancada ruralista a troco de alguns votos".
Lula em entrevista a revista Caros Amigos, novembro de 2000.


"Os usineiros de cana, que há dez anos eram tidos como se fossem os bandidos do agronegócio neste país, estão virando heróis nacionais e mundiais, porque todo mundo está de olho no álcool. E por quê? Porque eles têm políticas sérias".
Discurso do presidente Lula em Mineiros (GO), 20 de março de 2007.


Fonte: Sítio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

quinta-feira, 29 de março de 2007

(DES)ESPERANÇA

Esperava, ansiosamente, que este homem que está à direita...





.... reencontrasse este da esquerda.





Acho que jamais se reencontrarão. Estão em sentidos totalmente opostos...

quinta-feira, 8 de março de 2007

UM DIA ESPECIAL

Ela aguarda em apreensivo silêncio a chegada do marido. Passam das 10h, a novela está no fim e está para começar o seu inferno diário, sempre com hora e local marcados. As crianças já dormem e o silêncio quase sufocante é interrompido pelo barulho da chave na fechadura da porta da frente. O desespero sufoca o pranto. Ele entra, embriagado como sempre, nauseabundo e cambaleante - desta vez, mais do que normalmente -, e ela, num artifício de já sabida ineficácia, lança-lhe o mesmo olhar suplicante de tantos outros desesperos. Surpreendentemente, ele aproxima-se e, em meio à fedentina de cachaça e cigarro, balbucia um insólito e quase incompreensível “parabéns, minha nêga”. Beija-lhe a fronte, estira-se sobre a cama já arrumada e, tão logo cerra os olhos, ressona em alto som. Ela não se contém e libera todas as lágrimas represadas até então - gotas de aflição densas como sangue -, porém em clerical silêncio, e agradece a Deus, ajoelhada em frente ao televisor, por aquele dia tão feliz.

Hoje ela não sofreu agressão alguma. Nem física, nem verbal, tampouco sexual. Hoje ela sentiu-se gente e mulher. Hoje foi o seu dia internacional. Parabéns!

domingo, 25 de fevereiro de 2007


... E FOI A GUAÍBA VELHA DE GUERRA

Navegando pela internet (infelizmente, algo ainda inalcançável para grande parte da população), li que três tradicionais veículos de comunicação do Rio Grande do Sul, as Rádios Guaíba (AM e FM) e a TV2 Guaíba, foram vendidos para a Igreja Universal do Reino de Deus, ao preço de 100 milhões de reais. As partes confirmam a negociação, porém negam-se a fornecer maiores detalhes. Assim foi publicada a notícia, de forma lacônica, jogada num rodapé de blog e com ares de fofoca televisiva.

Acho que devemos tecer mais algumas frases a respeito deste acontecimento. Se o
Bionicão, numa negociação travada numa mesinha de metal, resolver vender sua coleção de CDs do Chico Buarque para o Max, compete somente aos “atores” do negócio a decisão e os termos dessa transação. Entretanto, quando a questão envolve três concessões públicas, acho que a discussão deve ser necessariamente aprofundada.

Não está sendo negociada apenas a parte privada da empresa (microfones, claquetes, fios, transmissores, mobiliário, antenas, prédios, enfim, a parte logística que um empreendimento de comunicação necessita para expor através de sua programação seu viés ideológico). O que está sendo transacionada é uma concessão do poder público, o que é inaceitável.

Trata-se de mais um descalabro na história das Comunicações do nosso país, que além de insistir em dar as costas para algo tão precioso, praticamente alimenta a presença cada vez mais maciça (e de forma totalmente independente) de oligarquias e de organizações reacionárias no controle das informações de massa. Afinal, como podemos qualificar a Igreja Universal, a família Sirotsky, o Grupo Abril, a família Collor, a família Magalhães, Senor Abravanel, entre outros?

Um Estado forte se faz também com um controle democrático e transparente dos meios de comunicação. As concessões devem ser discutidas pela população, e o poder público deve viabilizar a construção de ferramentas que permitam, de forma eficaz, esta discussão. Do contrário, continuaremos eternamente na mão de poucos.


Bom, escrevi tudo isso para fundamentar meu verdadeiro clamor:

SALVE O PROGRAMA QUERÊNCIA!

Abraço!

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

A PRIMEIRA POSTAGEM

Idéias em “ziguezague” na cabeça, muita coisa pra dizer (ou fragmentos de muitas coisas...), vários começos e recomeços no computador. Nada ficou bom. Até que eu tomei a decisão de escrever tudo em primeiro take, ou seja, deixar vir e registrar. Sim, eu estou ciente do perigo de tal decisão e o quanto poderá ser insalubre a leitura de um texto que se ergue a partir de alicerces tão toscos e imprecisos.
Criamos nosso blog para disponibilizarmos ao mundo um pouco de nossas idéias.
Com tema totalmente livre, pretendemos continuar aqui as discussões que não acabamos no nosso último encontro presencial, além de começar outras que terão seqüência quando novamente nos toparmos, ou não.
Pena de morte, aborto, política, maioridade penal, you tube, big brother, música, Programa Querência, América Latina, sindicatos, Pau no Coelho, são alguns dos temas que permearão este espaço, cuja pauta é não ter pauta.
Espero que as minhas próximas postagens saiam um pouco mais tranqüilas e já com um tema definido, ao contrário deste texto genérico e um tanto vazio.

Abraço!

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Não existe pensamento único, existe, sim, pensamento hegemônico, que se apropria da verdade e dissemina a epidemia do senso-comum. E lá vamos nós, povo, baixar a cerviz e seguir ao pé da letra a cartilha que nos é "gentilmente oferecida".

Há um sem-número de maneiras de pensar uma mesma questão; uma delas, inevitavelmente, tornar-se-á preponderante e ostentará o estandarte da verdade incontestável. Cabe a nós - radicais, graças a Deus - questioná-la e confrontá-la com a realidade, demonstrando que sua irrefutabilidade é mentirosa e cínica. A verdade não é una, é múltipla.

O senso-comum é majoritário, mas deixa de sê-lo ao derrubarmos sua máscara e escancararmos a sua insustentabilidade. Revela então sua face vil e mentirosa.

A verdade não é monopólio do senso-comum, mas encontra-se democraticamente distribuída nos mais variados pensamentos, divergentes entre si. Na síntese destes ela repousa soberana.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Sérgio!

Nós, os colaboradores deste panfleto subversivo, comentamos postando (se é que tu me entendes!). Enquanto que os nossos esporádicos leitores (se é que existem) postam comentando.

Um uta!
BBB*

Putz! Peguei-me no flagra, neste exato instante, assistindo ao Big Bosta Brasil!!! Inegavelmente, a maior concentração de imbecis marombados e fúteis plastificadas do mundo! Talvez a reclusão voluntária destes big retardados renda-nos magníficos espetáculos de combustão espontânea - pirotecnia Global pura! - ao efervescer dos ânimos, uma vez que o isopor, matéria de que são compostos os cérebros "pensantes" que habitam a casa, é altamente inflamável, sobretudo sob a gigantesca pressão a que se submeterão "nossos heróis" quando da tentativa de esboçarem um mínimo de racionalidade diante das câmeras, no intuito de impressionarem o Brasil com seus provérbios de Almanaque Sadol. Pobre Brasil...

P. S.: e ainda temos de aturar o maior engodo intelectual do país, o pseudotudo Pedro Bial, no comando da patética nave. Pobre de mim!!!!!!!!

*texto originalmente dedicado ao famigerado BBB 6, exibido no ano passado, mas, como podemos todos observar, perfeitamente aplicável a qualquer um dos Big Bosta já exibidos.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Esse negócio de blog vai dar o que falar. E escrever. Já saí tropeçando, postando no comentário, mas ignorem o comentário pois não queria comentar, queria postar. Então vamos lá! Vou começar por casa, com um texto que escrevi após a última eleição, para ser publicado na opinião do leitor de nosso semanário Panorama e que, obviamente, não foi públicado. Segue o texto e entenderão o porquê:

Imaturidade política
A sociedade taquarense protagonizou, no último domingo, um grande espetáculo de democracia, participação e, infelizmente, de arraigado conservadorismo político. Contrariando a maioria dos centros urbanos mais desenvolvidos de nosso estado, onde a pequena margem percentual de diferença entre as propostas de governo foi a tônica, Taquara preferiu com larga vantagem os candidatos que, na calada da noite, emporcalharam sozinhos as entradas de todas as seções eleitorais de nossa cidade, numa demonstração de grande desrespeito ao eleitor e à coletividade e clara demonstração do que representa seu projeto político.
Após o equívoco estratégico, que não vem de hoje, de não eleger nenhum representante local para a Assembléia Legislativa, novamente o eleitor taquarense pretere os representantes legítimos do povo e maciçamente prefere a elite paulistana para governar o estado e o país, sem se dar conta de que o projeto que os senhores Alckmin e Yeda representam já foi testado e recusado nacionalmente pela população, tendo sido responsável pelo aprofundamento, na década passada, da desigualdade social e da má distribuição de riqueza e renda no Brasil.
Nossa sociedade local tem capacidade de ser conservadora, mantendo seus valores éticos e imprescindíveis preceitos morais, sem necessariamente abrir mão de apoiar os novos projetos de governo que invertem a lógica nefasta, que só dá certo na cozinha: fazer o bolo crescer para só depois distribuí-lo entre todos.
O primeiro mandato do governo Lula provou que é possível, como já se pregava há 20 anos atrás, crescer distribuindo renda, pois é exatamente essa redistribuição da riqueza nacional que gera mais consumo, que gera mais produção, mais empregos e, de forma firme e consolidada, faz crescer o país distribuindo sua riqueza, como mola propulsora do desenvolvimento.
A escolha foi feita e será democraticamente respeitada, cabendo agora ao cidadão atuar politicamente nas instâncias competentes, a fim de cobrar, tanto do presidente reeleito quanto da governadora eleita, o cumprimento de compromissos de desenvolvimento social, com a consciência de que a participação do cidadão não se dá somente de 4 em 4 anos, mas cotidianamente, na fiscalização e cobrança dos mandatários eleitos.
Sergio Amorim dos Santos
Servidor Público Federal
E aí? Quem será o primeiro... Ops!, digo, o segundo?