sábado, 9 de junho de 2007



NA SEMANA DO MEIO AMBIENTE, UMA ABORDAGEM SOCIALISTA.

É preciso termos claro que, no que tange à questão ambiental, não podemos nos ater somente à reciclagem, à economia caseira de água e ao uso de energias limpas, como nos informam os almanaques diários e os telejornais editados pela pedante burguesia. Nosso problema vai além dos nossos costumes. Tem relação direta com a forma como nossa sociedade se organiza com relação aos meios de produção e ao lucro. Resgatemos um trecho de O Capital, onde Marx destaca o caráter destrutivo da agricultura em uma sociedade regida pela lei do valor e do lucro:

"Assim, ela destrói não só a saúde física do operário urbano, mas também a vida espiritual do trabalhador rural. Cada passo dado em direção da agricultura capitalista, cada semente de fertilidade a curto prazo, constitui, ao mesmo tempo, um agravamento na ruína das fontes duradouras de tal fertilidade. Quanto mais um país – por exemplo, os Estados Unidos da América do Norte – desenvolve-se na base da grande indústria, tanto mais rapidamente realiza-se esse processo de destruição. Portanto, a produção capitalista só desenvolve a técnica e a combinação do processo de produção social ao mesmo tempo que esgota as duas fontes de onde brota a riqueza: a terra e o trabalhador"

Como disse o professor carioca Gilson Caroni Filho, em artigo desta semana, "Não deixar isso claro aos jovens é um pouco mais que tergiversar: é um crime."

Sergio Amorim

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