quinta-feira, 29 de março de 2007

(DES)ESPERANÇA

Esperava, ansiosamente, que este homem que está à direita...





.... reencontrasse este da esquerda.





Acho que jamais se reencontrarão. Estão em sentidos totalmente opostos...

3 comentários:

Sergio Amorim disse...

Muito boa a montagem e os trocadilhos com a direita e a esquerda. Mas esses homens jamais se encontrarão, pois estã há 20 anos um do outro. Ningúém age, pensa ou defende teses com há vinte anos atrás. E isso não é necessariamente incoerência. O fato é que o sindicalista tinha compromisso com sua classe trabalhadora metalúrgica. O Presidente tem responsabilidade com toda uma gama de atores políticos, interesses financeiros, e precisa impor suas vontades de acordo com as possibilidades disso. Muito do que esse governo fez (não vou listar péla milésima vez, me desculpem) nenhum outro faria pelo País. Porém, algumas coisas que Lula protagonizou (juros em queda lenta, banco central semi-autônomo, ataque à previdência pública e ao direito de greve dos servidores, política financeira neo-liberal, alianças com a direita) certamente os Alkmim, Serras e FHCs da vida saberiam fazer muito, mas muito muito melhor do que ele, sem dúvida.

MAX disse...

Sérgio

Acho que mais do que há 20 anos um do outro, estes dois homens possuem visões muito diferentes (quase antagônicas). Tudo bem, governabilidade, atores políticos... mas até que ponto tudo isso vale a pena? Ser igual aos outros para poder governar, será que é válido?
Quanto aos tucanos, esses não souberam mexer em muitas coisas que o Lula está mexendo, como o nosso direito de greve, por exemplo. Nunca votei em tucano e nunca me passou pela cabeça tal aberração. Não me contento em comparar o projeto do Lula ao provável projeto tucano.
Minha comparação é outra: estico o pescoço e vejo que jardins argentinos e venezuelanos estão bem mais floridos que os nossos... Governos enfrentando estas entidades metafísicas intocáveis que tanto assombram os países pobres: o mercado financeiro, as oligarquias das telecomunicações, as oligarquias nacionais...
Minha crítica é por aí.

Sergio Amorim disse...

Concordo que é necessário avançar e comparar com coisas que queremos, a não com coisas que não querería-mos. Tens toda razão nisso. Mas para isso, só o presidente não basta. É inócuo. O povo tem que sair da toca e pressionar. Nada nesse país aconteceu com o povo olhando o fantástico ou cuidando das cria em casa. Temos que interagir no mundo, em unidade de força, depois de debatido o assunto e encontrado um ponto que contemple a maioria, mostrar o rumo que queremos para o país. Quando a pergunta: O que eu estou fazendo de concreto, coletivamente, para forçar os governante a implementar políticas mais socializantes, igualitárias e promotoras de justiça social? tiver uma resposta positiva de nossa parte, aí podemos colocar a cabeça no travesseiro e dormir sabendo que, se não houve mudanças, não somos exatamente nós que ficamos dormindo. Nós fomos à luta, atuamos no contexto. O resto é consequência disso. O caminho todos sabemos, o problema é trilhá-lo.