quarta-feira, 2 de maio de 2007




No ensejo da genial charge do Kaiser – porém, sem um centésimo do talento deste –, proponho a seguinte indagação ao nosso Excelentíssimo Presidente da República, sob o título de Dilema Ideológico:

- E se lhe oferecessem um bom motivo por fora, você toparia ser de esquerda?

“O poder é como o violino, pega-se com a esquerda e toca-se com direita.” (ditado argentino de autoria desconhecida)

Mais do que nunca, a velha máxima portenha se mostra válida e irrefutável. E o som produzido pelo nobre instrumento é de uma desafinação ensurdecedora – ao menos para os ouvidos deste velho comunista que lhes fala.

Um comentário:

Sergio Amorim disse...

O ditado argentino (só podia ser)está errado, pois o vialino se toca com as duas mãos, e se pega com o queixo e o ombro. Isso não deslegitima a solicitação de trazer nosso presidente à esquerda. Mas isso por si só não bastaria para trazer mais igualdade social. Como já disse em comentário anterior, nenhum governo de esquerda é capaz de trazer mais igualdade social, mais socialismo prático, sem que a sociedade tenha consciência de que isso é necessário e indispensável. Enfim, a igualdade é uma evolução não uma revolução.
E o meu grande amigo e velho comunista pode começar a se preocupar: Não será nosso presidente, assim como não seria a professorinha nem o Cristóvão que transformariam nossa sociedade. Somente a própria sociedade pode se transformar, com atitude e consciência.