terça-feira, 10 de abril de 2007

LULA: ONTEM E HOJE.
(Confesso que tenho medo do amanhã...)


Não se justifica num país, por maior que seja, ter alguém com dois milhões de hectares de terra! Isso não tem justificativa em lugar nenhum do mundo! Só no Brasil. Porque temos um presidente covarde, que fica na dependência de contemplar uma bancada ruralista a troco de alguns votos".
Lula em entrevista a revista Caros Amigos, novembro de 2000.


"Os usineiros de cana, que há dez anos eram tidos como se fossem os bandidos do agronegócio neste país, estão virando heróis nacionais e mundiais, porque todo mundo está de olho no álcool. E por quê? Porque eles têm políticas sérias".
Discurso do presidente Lula em Mineiros (GO), 20 de março de 2007.


Fonte: Sítio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

5 comentários:

Sergio Amorim disse...

Tá fácil. Não vou defender uma discrepância dessas. Mas este é o método da direita, e não podemos cair como patinhos. Lula nunca foi comunista, talvez nem mesmo socialista autêntico. O caso é que quem tá na mídia diariamente, é humano, não consegue manter uma coerência matemática. Ninguém é super-homem para conseguir isso. Mas a mídia só bate no que é negativo, no que destrói. Onde está a comemoração pelo veto à emenda 3 da super-receita, do maior nível de juros da história do país, do maior programa de distribuição de renda da história, dos maiores ganhos reais do salário mínimo de forma sustentável (não aquela dobra de seu valor feita por Getúlio, populistamente num 1º de maio). Onde estão as comemorações àquilo que sempre defendemos e que este governo está fazendo, como fora FMI, por exemplo. Atacar sempre é mais fácil. Estar contra sempre é mais fácil. A crítica precisa ser feita, mas de forma construtiva e indicando o caminho correto, e não de forma vaga e solta.

MAX disse...

Acho que a crítica deve ser feita, por mais que tenhamos acreditado num projeto. Nossa análise política não deve ser pautada pela paixão.
Poxa, o Governo Lula merece elogios por muitas de suas ações (ex.: Polícia Federal atuante, veto a emenda 3, Petrobras valorizada...). Entretanto, não reconhecer erros (ou justifica-los) é um grande equívoco.

Sergio Amorim disse...

Ali em cima´quis dizer do "menor" nível de juros. Ato falho. O Max tem razão a crítica tem que ser feita, mas não por obrigação. A crítica tem que ser feita por se vislumbrar, na prática, que poderia ser diferente. "Assim não dá", simplesmente, é jogar conversa fora, é o papo da santana, do lasier, da ana amélia, e cia. Como viabilizar é o desafio, levando em conta uma gama ampla de interesses sociais. Se fosse fácil como nossos discursos socialistas pregam, já teríamos feito em algum momento.

MAX disse...

É a mesma coisa que o FHC dizia: "não apontem apenas meus erros, apontem o caminho a ser trilhado". Até o discurso é de uma semelhança impressionante.

Sergio Amorim disse...

Tá bom. Então o atual governo é neo-liberal, deu continuidade às reformas neo-liberais de FHC. Não mudou od rumos da política externa. Não implantou, com todas as dificuldades, o maior programa de transferência de rebda da américa latina. Não se livrou do FMI. Não proporcionou o maior (apesar de insuficiente) aumento do salário mínimo da última década. Não deu acesso irrestrito ao crédito (apesar de a população ainda não saber usá-lo). Se estamos longe de um governo socialista, a culpa é nossa que não tencionamos, ficamos em casa cuidando da nossa vida. Não é questão de indicar o caminho. É questão de tensionar para que o caminho da igualdade social seja a meta.